SINOS DO SILÊNCIO

É a noite que encontra na luz e nas sombras o curso sinuoso das águas.
Desdobra-se e multiplica-se para além dos azuis exactos das formas líquidas.
Aproxima-se e confunde-se com o céu, mas é nos corpos das árvores
e na exaltação do luar que a obscuridade se perde em danças.
Regressa com a madrugada para anunciar a manhã, pois ventos e águas forçam os alicerces e as margens do sonho.
Numa noite ainda sem tempo encontraremos juntos a sabedoria das chuvas.
O amor há-de tocar os sinos do silêncio e a generosidade nos nossos dedos a ponta do véu das nossas solidões. ´

5083-LILIA TAVARES

Óleo s/ tela, de ©Santiago Carbonell

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