Em Alepo são folhas breves os homens.
Caminham e arrastam-se vacilantes.
São aves as súplicas, as mãos em sangue,
o coração frágil das mulheres, a memória
dos mortos e eternamente esquecidos.
Em Alepo ficam gestos por terminar,
carinhos perdidos por não haver mãos,
promessas incumpridas no tempo sem tempo.
Ausentaram-se da cidade os cantos, as crianças,
as rosas, as horas, as maçãs e o luar.
Fotografia de autor desconhecido
Anúncios