Não sei se nasceste
para o que é excessivo.
Excedes o caminho
das horas,
alargas desmesuradamente
as palavras.
De que são feitas
as tuas noites?
Tão longas como as minhas…
ou tão ténues e breves
que não se chamam noites
e, quem sabe, tenham
perdido o significado e o leito…
Intervalos serão entre
o luar e o sol nascente,
momentos longos e brancos
como densas brumas
para te perderes?
Não sei se encontraste
as tuas estrelas…
Não sei se respiras paredes-meias
com o esquecimento e a solidão como
te ignoras, te escondes?
Talvez no final dos dias,
sem ventos, entre a liquidez dos olhares
me reencontres e digas
porque não te debruçaste
na janela para sentires o corpo,
porque não encontraste
a voz, a luz, o fruto
entre tantas palavras sem sabor…
Óleo s/ tela, por ©Michael and Inessa Garmash (Ucrânia)
Belíssimo, minha amiga!
Abraços e beijinhos
Jorge
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Grata, amigo Jorge, pela tua visita a estes meus lugares.
Beijinho.
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Um poema muito belo que me leva pelo caminho mais largo do pensamento até às noites que foram minhas e onde procurei as minhas estrelas e fiz delas o fascínio das palavras…
Um beijo, Lília.
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Querida Graça,
Fico muito feliz por ter gostado deste poema que é mais uma vez um lugar onde tanto descanso como fico irrequieta. Nunca temos certa a calma dos dias…
Beijo.
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